Sociedade
da Informação - Benção ou Maldição
TV
digital e Internet
Por
Marcelo Knörich Zuffo*
Na
minha percepção, a exclusão digital é
um problema banal e facilmente superado, desde que haja uma
mudança de atitude, ou ao invés da gente simplesmente
incorporar estratégias de fora como foi o caso até
o momento das mídias digitais no Brasil, criarmos a nossa
própria estratégia em função do
contexto sócio econômico que o país se encontra.
Este
é o projeto que nos temos desenvolvido, basicamente e
uma sala, onde podemos projetar luz por todas as direções
com capacidade de inversão, visual e auditiva, e hoje
nos estamos na fronteira do conhecimento, desenvolvendo aplicações
para vários segmentos da população que
a professora Roseli vai detalhar de uma forma mais objetiva,
estamos lidando com seres humanos de 7 a 60 anos no que diz
respeito a essas tecnologias alguns dos nossos projetos tem
um viés cultural, recentemente conseguimos uma autorização
da família de Tarsila do Amaral, para poder usar todo
acervo pictórico da Tarsila, na constituição
de um jogo educacional.
Existe
uma janela de oportunidade especifica neste momento amplamente
discutida na sociedade brasileira até com viés
histórico, que e a questão da TV digital. Pela
primeira vez neste país estamos rediscutindo um assunto
que é muito agregado à cultura Brasileira, que
e questão da Radiodifusão, não se discute,
por exemplo, a questão da exclusão na Radiodifusão,
porque sabemos que mais de 95% das residências Brasileiras
possuem televisores.
Existem
até alguns parâmetros que eu concordaria com o
Caio Túlio esquizofrênicos, porque as contas às
vezes não batem, quer dizer, nos temos sós apenas
90 por cento das residências brasileiras com eletricidade
95 % com televisores. Uma outra coisa que não bate é
que nós temos mais televisores do que geladeiras nas
residências. Então são números bastante
interessantes que mostram que pelo menos a questão da
radiodifusão a questão da exclusão não
se aplica particularmente nosso grupo, está preocupado
com o que seria o desenvolvimento de um terminal de acesso universal.
Na
verdade nós não temos a pretensão de fazer
isto sozinhos; estamos estabelecendo uma aliança nacional
e transnacional para desenvolvimento desta tecnologia o que
nos estamos fazendo, e criando todo o modelo para desenvolver
localmente as tecnologias para acesso. E o que nós chamamos
de terminal de acesso do inglês Set Box, e aquela caixinha
de conversão porque nos não imaginamos em jogar
65 milhões de aparelhos de televisão no lixo.
O
primeiro apple que foi vendido no supermercado americano em
1966 custava 599 dólares era um produto não um
protótipo, hoje a apple e um dos participes na revolução
digital, este produto era feito de madeira serigrafado importavam
o teclado de uma outra empresa que vendia produtos, eles compravam
o teclado e chegaram a vender 1000 maquinas, hoje já
estamos nos protótipos em vários laboratórios
brasileiros permitindo o acesso à internet na televisão
com esta qualidade.
*Marcelo
Knörich Zuffo é professor
livre-docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos
da Escola Politécnica da USP.
Fala
apresentada durante o seminário Sociedade da Informação
- Benção ou Maldição (22/11/2003).
9
Veja
trecho em
vídeo desta
apresentação
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