Entre
a crítica e o entretenimento: o jornalismo
cultural brasileiro e a pragmática do mercado
Por
Marcelo Januário*
"(...)
A questão da identidade se encontra intimamente ligada
ao problema da cultura popular e do Estado; em última
instância,
falar em cultura brasileira é discutir os destinos políticos
de um país".
Renato Ortiz (1)
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Roger-Viollet,
Paris
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Fenômeno
global: a filosofia do jornal-empresa
substituiu o ideal iluminista dos jornais
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Partiremos
do princípio que jornalismo cultural, entendido como
a interação crítica dos meios de comunicação
de massa com a produção artístico-cultural,
é uma prática em retração continuada
no Brasil. Porém, como demonstram as diversas iniciativas
bem-sucedidas anteriores,(2) na história do jornalismo
brasileiro nem sempre foi assim.
Em
1994, no seminário "A Imprensa em Questão",
promovido em Campinas pelo Laboratório de Estudos Avançados
em Jornalismo (Labjor), da Unicamp, o professor, pesquisador
e jornalista José Marques de Melo levanta o problema:
"Quais as conseqüências da transformação
do jornalismo cultural em mero apêndice mercadológico
do show business?" (3)
Para
tentarmos esboçar uma resposta à questão,
é necessário recuperar o contexto que engendrou
este jornalismo híbrido de abordagem crítica aparente
e promoção mercadológica velada. Diversos
autores são unânimes em afirmar que o jornalismo
brasileiro entrou em um processo de "esvaziamento"
(4) a partir da redemocratização nos anos 80,
seja pela migração de intelectuais para outras
áreas ou pela individualização (no mau
sentido) crescente de viés pós-moderno que desde
então pauta a atividade das novas gerações
de jornalistas e como que desobriga o profissional da reflexão
crítica pertinente.
Na
área cultural, este processo coincidiu com a internacionalização
massiva do noticiário e com o apogeu da "mídia
de massa". O momento marca a entrada paulatina dos grandes
grupos de mídia internacionais (ainda hoje em fase de
consolidação), que "desestrutura a cultura
nacional pelo aporte de produtos massificados, produzidos com
o fim único de conquistar índices de audiência".(5)
Para
muitos, a mercantilização da cultura e o novo
contexto dos jornais-empresa resultaram no esvaziamento da crítica,
sepultando as experiências de transformação
e emancipação coletiva realizadas pela imprensa
alternativa durante os anos de ditadura militar e antes. (6)
À
esquerda, opina-se que esta nova configuração
colocou o jornalista à mercê das corporações,
metamorfoseando a análise crítica da cultura em
um "serviço" de promoção mercantil
e legitimação hegemônica do capitalismo
pós-industrial, cujas principais fontes se tornaram os
releases da indústria do entretenimento e a casta intocável
de produtores consolidados. (7)
Na
globalização as grandes corporações
possuem um tal poder de mobilidade e barganha que a sociedade
e o Estado se tornaram seus reféns. (8) Deslocam-se para
qualquer lugar onde paguem os menores salários e impostos
e reduzam a mão-de-obra, recebam os maiores incentivos
e manipulem livremente seus funcionários. Como resultado
do processo, o tripé de equilíbrio Sociedade Civil/Estado/Corporações
que sustentava a sociedade democrática moderna foi estilhaçado.
(9) O Welfare-State nunca chegaria aos trópicos, pois
o Estado passou a atuar deliberadamente contra a sociedade.
Mercado
e produção simbólica
Mesmo
com toda a imprecisão sobre os conceitos de jornalismo
cultural, (9) observa-se que a comunicação se
integrou às empresas e o que era reflexão (na
opinião de artistas, professores, pesquisadores e até
críticos) se tornou um (des)serviço público.
A lógica do mercado inunda a sociedade de informação,
abafando o espaço de emersão espontânea
das manifestações potenciais.
"Uma
das muitas concepções de cultura postula que
a sua nascente se alimenta justamente do novo, do marginal,
do desimportante e - nas palavras de teóricos da cultura
dos anos 80, da União Soviética, das Escolas
de Moscou - a cultura se alimenta da não-cultura. O
jornalismo cultural ao adotar o monoteísmo cult, no
sentido religioso da palavra, se alimenta daquilo que ele
próprio produz (...) e, portanto, presta um desserviço
para a diversidade".(10)
Neste
momento de autonomização de esferas artísticas
e do surgimento de um pólo de produção
orientado para a mercantilização da cultura, (11)
a linguagem comum e as concepções de valor também
desapareceram. "A ideologia do jornalismo cultural se tornou
eclética e relativista, para não dizer errática",(12)
avalia o publisher de uma das maiores empresas de comunicação
do país.
"O
resultado é uma situação na qual as imagens
são mais importantes do que os conteúdos, em
que as pessoas são estimuladas a concorrer agressivamente
uma com as outras, em detrimento de disposições
de colaboração ou sentimentos de solidariedade,
e na qual as relações ou comunicações
mediadas pelos recursos tecnológicos predominam sobre
os contatos diretos e o calor humano. É um mundo sem
dúvida vistoso, mas não bonito; intenso, mas
não agradável; potencializado por novas energias
e recursos, mas cada vez mais carente de laços afetivos
e coesão social". (13)
Como
destaca Octavio Paz, (14) "a idéia de sociedade
como um sistema de comunicação deveria modificar-se,
introduzindo as noções de diversidade e contradição:
cada sociedade é um conjunto de sistemas que conversam
e polemizam entre si". O pensamento único (15) gerado
pelas políticas neoliberais foi uma das estacas que enterraram
não apenas a pluralidade do discurso, como principalmente
as iniciativas concretas de abordagem crítica.
O
advento da informática e da microeletrônica, a
crise do papel, a popularização da TV entre outros
fatores (16) contribuíram para o declínio relativo
da imprensa escrita, que se fez sentir cada vez mais, sobretudo
a partir dos anos 80. As esparsas publicações
e o incipiente jornalismo cultural brasileiro pós-ditadura
não sobreviveram a estes novos vetores, praticamente
se extinguindo no meio impresso ou se diluindo em cadernos híbridos
de cultura de consumo (crítica midiática) e debate
acadêmico (crítica intelectual). (17)
No
Brasil, conta-se nos dedos de uma mão o número
de publicações culturais especializadas (ou mesmo
cadernos e suplementos) que atravessaram incólumes as
duas últimas décadas do século XX. O fim
da polarização entre cultura burguesa e cultura
popular-nacional (18) deixou um vácuo em que todas as
possibilidades apontam apenas para um objetivo: o lucro.
"Dentro
deste contexto, os antigos suplementos culturais vão
perdendo espaço para um outro tipo de jornalismo cultural
voltado para a cultura de mercado, para onde se pode ampliar
o público-leitor do jornal, assim como suas faixas
publicitárias. Percebe-se que o ideal iluminista dos
jornais do início do século dá lugar
à filosofia do jornal-empresa que, como qualquer outro
produtor cultural também vai estar à procura
do lucro".(19)
Este
modelo de jornalismo de serviço nos parece ter sido adotado
sem maiores problemas pelos jornais de grande circulação
brasileiros, que privilegiaram definitivamente o atendimento
a uma crescente classe média consumidora de bens simbólicos
e serviços e abandonou de vez a "utopia" de
emancipação do indivíduo pela cultura e
pela informação.
Mutação
irreversível?
Em
uma série de ensaios sobre o exercício do jornalismo
cultural no Brasil, promovido nas páginas da revista
Bravo! (20) (uma das raras publicações impressas
do segmento), alguns críticos e jornalistas sugeriram
que a excelência da informação, a análise
e a crítica da produção literária,
cinematográfica, musical, de artes plásticas,
teatro e dança "perdeu parte de sua dimensão
analítica e ganhou uma dimensão mais pragmática,
de recomendação para o consumo, no estilo vá
ver ou fuja".(21)
O
crítico Sérgio Augusto, em artigo (22) neste debate,
afirma que não saberia precisar quando tudo se alterou
nem quem teve a idéia de equalizar todas as seções
do jornal, empacotando-as em um mesmo "conjunto de regras,
necessidades e urgências, que terminou por inibir a criatividade
dos cadernos dedicados à cultura e a exigir deles obrigações
antes exclusivas das editorias de cidade, política, economia
e esporte".
São
indícios de uma mutação irreversível.
A partir dos anos 80, os grandes jornais brasileiros assumem
de vez seu papel dentro da indústria. Todas as modificações
que iriam ser implantadas a partir de então visam exclusivamente
o leitor-consumidor de jornais. (23) O fato é que o debate
cultural no Brasil migrou da polarização política
das décadas de 60 e 70 e se tornou um "mínimo
denominador comum da cultura massificada".(24)
Ocaso
da utopia da imprensa alternativa e início de uma interação,
em última instância e no nosso entendimento, de
extremo dolo à liberdade imaginativa e ao comportamento
ético dos jornalistas.
De
fato, como já foi dito, cultura se tornou o novo nome
da propaganda. (25) O presente eterno espetacular (26) é
talvez a forma de correr contra o tempo e compensar o descompromisso
lascivo do homem pós-industrial frente à história.
"O
caráter de guias de consumo fica claro através
da segmentação não só em cadernos
mas dentro das páginas de cultura: a música
não se relaciona com o cinema, que não fala
com o teatro que passa longe das artes plásticas. É
uma espécie de colcha de retalhos, mas sem a costura
final. A retórica que transparece dentro dos cadernos
de cultura diários é a do espetáculo.
Há cada vez menos espaços para a reflexão
e leitura. Os textos são reduzidos forçando
o repórter a escrever um estilo quase telegráfico."
(27)
As
novas tecnologias de promoção e consumo invadiram
as redações e alteraram para sempre a idéia
de avaliação crítica que se construía
no Brasil. A máxima jornalística deste modelo
dispersante é que a massa não pede profundidade,
não pede cultura, ela quer imagens e textos mais curtos.
(28) Trata-se de uma mudança profunda, com múltiplas
implicações. Em vez da peregrinação
religiosa, a excursão turística de massa, "o
objeto pelo souvenir, a exposição pelo show".(29)
Com
a expansão do mercado de arte dos guetos de colecionadores
para um
público de massa, mais interessado no investimento do
que em estética, se alteram as formas de avaliação
da criação artística. Veículos embrulham
informação e livre arbítrio junto à
propaganda de objetos e produtos de luxo de todo tipo. (30)
Superficialismo
e monopólio do discurso
A
questão da discutida crise de identidade do jornalismo
brasileiro, se informativo ou opinativo, (31) se esvaece quando
se trata de cultura. A discussão sobre o que o jornalismo
entende por cultural, se a posse de conhecimentos, no sentido
(clássico) do saber quantitativo das Humanidades, (32)
ou se a cultura de consumo, já não mais se coloca,
pois a informação como mercadoria está
definitivamente atrelada ao conceito de sucesso e demanda.
Inaugura-se
a era das celebridades instantâneas e dos acontecimentos
calculados, onde o paradigma do acontecimento é o sucesso.
(33)
Absolutamente
tudo passa a fazer parte da cultura, enquanto jornais e revistas
assumem serem incapazes de enobrecer ou levar conhecimento às
pessoas, ao menos através de suas páginas especializadas
com grande circulação e penetração
social, que "criam" a realidade que lhes interessam
ao abdicar de um sentido ético.
"Cultura
passa a ser neste sentido apenas a manipulação
dos signos que podem ficar independentes dos objetos e estar
disponíveis para uso, mesmo que dentro de uma variedade
de relações associativas. Isto faz com que a sociedade
de consumo torne-se essencialmente cultural, ainda que sem profundidade".(34)
Em
que pese o caráter frio (35) e mesmo a posição
de inferioridade das questões culturais na hierarquia
das informações jornalísticas, o discurso
fragmentário, (36) descontextualizado e voltado especificamente
ao leitor jovem tornou-se padrão para veículos
influentes como a Folha de S.Paulo, que apostou na euforia internacionalista
(37) e na infantilização de seu noticiário
e público-alvo, ademais notoriamente decalcados da fórmula
do USAToday.
Nos
anos 80 e 90, o estilo "divertido" (como o da Folha)
se tornou dominante no jornalismo brasileiro. (38)
No
entanto, o projeto disforme de hegemonia (39) que perpassa esta
superficialidade se legitima em escala planetária com
pretensões de via única. O saber tornou-se a principal
força de produção econômica enquanto
o domínio de mercadoria informacional para a produção
constitui o maior desafio na disputa global de poder.
A
produção e o controle do saber representam o mais
importante ponto de estrangulamento para os países em
desenvolvimento, que tendem a uma defasagem crescente em relação
aos países desenvolvidos.
Um
novo campo de luta em torno das estratégias industriais,
comerciais, militares e políticas se apresenta. (40)
A luta pelo domínio de informações substituiu
a ancestral disputa por territórios.
Por
outro lado, o simples esforço educacional e a democratização
dos meios de comunicação (caso se tornassem, além
de desejáveis, possíveis e prováveis) não
garantem que estaremos avançando em direção
a um meio social mais equilibrado ou dinâmico.
"É
difícil saber que serviços a cultura presta
à hegemonia com a escassa informação
disponível sobre consumo cultural nos países
latino-americanos. Conhecemos as intenções das
políticas modernizadoras, mas há pouquíssimos
estudos a respeito de sua recepção. Existem
estatísticas de freqüência de público
em algumas instituições e pesquisa de mercado
dos meios massivos. Nem as instituições nem
a mídia costumam averiguar quais os padrões
de percepção e compreensão a partir dos
quais seus públicos se relacionam com os bens culturais;
menos ainda, que efeitos em sua conduta cotidiana e em sua
cultura política".(41)
Se
nosso jornalismo cultural é um espelho muito pouco lisonjeiro
de nossa cultura (42) é porque tem mantido sua energia
apenas como objetos para consumo rápido, fast food do
conhecimento ou efemeridades espetaculares, e não como
espaço de verdadeira realização social
e política.
A
vitalidade da cultura que pulsa nas multidões contrasta
com a aridez anunciada dos críticos e especialistas.
"Tem sido observado que a cada geração a
vida intelectual no Brasil parece recomeçar do zero",
(43) escreveu o crítico Roberto Schwarz sobre a descontinuidade
da reflexão e do pensamento no país.
O
jornalismo é o que fazemos dele. O meio não é
o mero reflexo mecânico de suas natureza tecnológica,
mas a "expressão do uso social que lhe confere a
comunidade". (44)
Jornalismo
como missão
Indicam
os desdobramentos deste contexto no novo milênio (e expõem
a falta de opções ou reações do
mercado editorial rumo ao redimensionamento da atividade jornalística
cultural no Brasil) aspectos como o reflexo passivo e inconsciente
das editorias de nossos grandes veículos aos "ventos
do norte", o condicionamento das vendas de exemplares a
objetos estranhos ao jornalismo, a promoção explícita
de produtos culturais nas páginas dos jornais ou mesmo
a sujeição econômica aberta e irrestrita.
Tal
quadro, porém, não exclui a necessidade de se
buscar vias para melhor preparar os profissionais quanto à
formação em cultura geral, à recuperação
da auto-estima e confiança na importância de seu
trabalho, a expansão dos espaços para a discussão
crítica e a reflexão das implicâncias sociais
dos movimentos artísticos.
Idealmente,
face ao fim da abordagem tradicional que geralmente definia
cultura em pares opostos, como erudito e popular, ou frente
ao avanço da fusão entre cultura e sociedade de
consumo, torna-se premente a necessidade de a imprensa ter um
espaço dedicado ao livre debate de idéias, de
estímulo cultural, que também ofereça ao
leitor um serviço de lazer e entretenimento. (45)
A
publicidade e o consumismo, amparados pela concentração
e polarização de renda, se tornam a ideologia
das sociedades neoliberais (46) e preenchem o vazio do "pensamento
único" moribundo e estilhaçado.
A construção de uma atividade crítica nos
grandes meios impressos de comunicação esbarra
no imenso poder de barganha das empresas e na iminência
do desemprego que inibem os jornalistas, na onisciência
da mídia que bloqueia a veiculação de manifestações
autênticas e autônomas, na competição
desenfreada que abole escrúpulos profissionais e anula
o espírito ético de grupo, na lei do furo que
"queima" assuntos e protagonistas, no "presentismo"
(47) adolescente que delega gerações inteiras
à lata do lixo da história.
"Eficiência,
excelência ou eficácia são princípios
altamente positivos e desejáveis, desde que não
se transformem em panacéias, em fins definidos por si
mesmos ou por escalas quantitativas, indiferentes aos contextos
em que são aplicados, às pessoas e aos recursos
envolvidos ou a critérios quantitativos que mantenham
compromissos com valores éticos, sociais ou ambientais".(48)
A
descentralização do poder de decidir o que é
cultura e o estímulo a políticas públicas
que fomentem o debate e o advento de percepções
estéticas comunitárias são possibilidades
ainda não exploradas em nossa sociedade.
Por
fim, respondendo ao professor Marques de Melo, a provável
conseqüência do processo em questão é
a inevitável extinção, pura e simples,
de algo que se possa chamar de jornalismo cultural no Brasil.
No entanto, em uma cultura com o vigor orgânico que possui
a brasileira, o olhar opulento pode entrar em hibernação,
mas jamais seu objeto.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ALSINA,
Miquel Rodrigo. La Construcción de la Noticia. Barcelona:
Ed. Paidós, 1989.
BORIN,
Jair. Capital Estrangeiro na Mídia Brasileira. Universidade
e Sociedade - Revista do Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior, Brasília,
n. 27, p. 7-10, 2000.
CANCLINI,
Néstor Garcia. Culturas Híbridas: Estratégias
para Entrar e Sair da Modernidade. São Paulo: EDUSP,
2000.
HOBSBAWN,
Eric. Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras,
2002.
KUCINSKI,
Bernardo. A Síndrome da Antena Parabólica. São
Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 1998.
LESBAUPIN,
Ivo. (Org.). O Desmonte da Nação. Petrópolis,
RJ: Editora Vozes, 1999.
MELO,
José Marques de et al. A Imprensa em Questão.
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OLIVEIRA,
João E. Evangelista de. Política e Cultura Pós-moderna:
Um Estudo dos Cadernos Culturais do Jornal Folha de S.Paulo.
Tese de Doutorado, ECA-USP, 2000.
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Renato. A Moderna Tradição Brasileira. São
Paulo: Editora Brasiliense, 1988.
SEVCENKO,
Nicolau. A Corrida para o Século XXI: No Loop da Montanha
Russa. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2001.
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Wilsa Carla Freire da. Cultura em Pauta: Um Estudo Sobre o Jornalismo
Cultural. Tese de Mestrado, ECA-USP, 1997.
SCHWARZ,
Roberto. Que Horas São? São Paulo: Companhia das
Letras, 1997.
NOTAS
1. ORTIZ, Renato. A Moderna Tradição
Brasileira. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988, p.
15.
2. Cf. SILVA, Wilsa Carla Freire da. Cultura em Pauta: Um Estudo
sobre o Jornalismo Cultural. Tese de Mestrado, ECA-USP, 1997.
3. MELO, José Marques de et al. A Imprensa em Questão,
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1997.
4. KUCINSKI apud LESBAUPIN, Ivo. (Org.). O Desmonte da Nação.
Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 1999, p. 191.
5. BORIN, Jair. Capital Estrangeiro na Mídia Brasileira.
Universidade e Sociedade - Revista do Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior,
Brasília, n. 27, p. 9, 2000.
6.
"É sintomático percebermos que é nos
anos 70 que o instrumental gramsciniano se populariza como suporte
para as análises sobre a cultura no Brasil. Suas idéias
sobre guerra de posições, mas sobretudo sua concepção
do Estado como campo de luta ideológica, permitiam aos
intelectuais se autoconceberem como agentes políticos
no embate contra o autoritarismo". ORTIZ, Op. cit., p.
16.
7.
"La lógica del sistema de la producción de
la información en el mundo occidental nos lleva a establecer
como resultado del mismo, un discurso homogéneo, si bien
es posible que cada medio, de acuerdo con su política
editorial, dé una visión diferenciada de los asuntos,
aunque los asuntos que tratan los distintos medios son prácticamente
los mismos, con lo que se consigue crear esta imagen de realidad
única que transmiten los mass media". ALSINA, Miquel
Rodrigo. La Construcción de la Noticia. Barcelona: Ed.
Paidós, 1989, p. 43.
8. Cf. HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. São Paulo: Companhia
das Letras, 2002.
9. SILVA, Op. cit., p. 19.
10. BAITELLO apud SILVA, Op. cit. p. 47.
11. ORTIZ, Op. cit.. p. 18.
12. FRIAS FILHO, Otavio. Foram-se os Festivais. São Paulo,
Revista Bravo, Editora D'Ávila, ano 3, no 37, p.16, 2000.
Seção Ensaio.
13. SEVCENKO, Op. cit. p.89.
14. PAZ, apud ALSINA, Op. cit.
15. Cf. SEVCENKO, Op. cit. p. 42.
16. Cf. KUCINSKI, Op. cit.
17. Cf. SILVA, Op. cit.
18. Cf. ORTIZ, Op. cit.
19. SILVA, Op. cit. p. 45.
20. Revista BRAVO, São Paulo, Editora D'Ávila,
ano 3, no 37, p.16, 2000. Seção Ensaio.
21. FRIAS FILHO, Op.cit., p. 16.
22. ANDRADE, Sérgio Augusto de. A Lição
dos Abacates. Revista Bravo!, São Paulo, Editora D'Ávila,
ano 3, 2000. Seção Ensaio.
23. Cf. SILVA, Op. cit.
24. SILVA, Fernando de Barros e. Fugindo das Ciladas. Revista
Bravo!, São Paulo, Editora D'Ávila, ano 3, 2000.
Seção Ensaio, p. 22.
25. CRISTÓVÃO, Fernando Alves, apud CARVALHO,
Olavo de. Revista Bravo!, São Paulo, Editora D'Ávila,
ano 3, 2000. Seção Ensaio. p. 20.
26.
"Sob todas as suas formas particulares, informação
ou propaganda, publicidade ou consumo direto de divertimentos,
o espetáculo constitui o modelo presente da vida socialmente
dominante. Ele é a afirmação onipresente
da escolha já feita na produção, e o seu
corolário o consumo. Forma e conteúdo do espetáculo
são identicamente a justificação total
das condições e dos fins do sistema existente".
DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo, Lisboa: Mobilis
In Mobile, 1991, p. 10.
27. SILVA, Op. cit., p. 151.
28. SANTOS, Hamilton dos. apud SILVA, Op. cit. p. 51.
29. Cf. CANCLINI, Op. cit.
30. Idem, p. 57.
31. Cf. SILVA, Op. cit.
32. Idem, p. 43.
33. Cf. SILVA, Fernando de Barros e., Op, cit.
34.
"No mundo contemporâneo, a transparência 'comunicacional'
é uma condição básica, pois o progresso
das sociedades passou a depender do fato de que as mensagens
que nela circulem sejam ricas em informações e
fáceis de decodificar, que é um pré-requisito
na comercialização dos saberes". Idem, p.43.
35. Idem, Op. cit.
36.
"A despeito de certas manifestações e intenções
contestatórias e radicais da esquerda pós-moderna,
o pós-modernismo torna-se caudatário do movimento
de consolidação da hegemonia do pensamento conservador".
OLIVEIRA, Op. cit. p. 112.
37. Cf. SILVA, Fernando de Barros e., Op.cit.
38. Cf. KUCINSKI, Bernardo. A Síndrome da Antena Parabólica.
São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo,
1998, p. 76.
39.
"A legitimidade do gosto (...) avaliada a partir da esfera
de bens restritos, que serve inclusive como escala para a mensuração
simbólica dos produtos da indústria cultural.
(...) seria difícil aplicarmos este modelo à sociedade
brasileira, devido à precariedade da própria idéia
de hegemonia cultural existente entre nós". ORTIZ,
Op. cit.
40. Cf. Ibidem.
41. Cf. CANCLINI, Op. cit.
42. ANDRADE, Sérgio Augusto de. A Lição
dos Abacates. Revista Bravo!, São Paulo, Editora D'Ávila,
ano 3, 2000. Seção Ensaio.
43. SCHWARZ, Roberto. Que Horas São? São Paulo:
Companhia das Letras, 1997, p. 30.
44. SERRANO, Martín, apud ALSINA. Op. cit.
45. SILVA, Op. cit. p. 32.
46. SEVCENKO, Op. cit. p. 47.
47. Idem, p. 41.
48. Cf. Ibidem.
*Marcelo
Januário é mestrando na ECA/USP e Editor-Associado
do Portal do Jornalismo Brasileiro. E-mail: marcelojanuario@terra.com.br
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