Nº 12 - Nov. 2009
Publicação Acadêmica de Estudos sobre Jornalismo e Comunicação ANO VI
 

 

Expediente
Ombudsman: opine sobre a revista Ombudsman: opine sobre a revista Ombudsman: opine sobre a revista Ombudsman: opine sobre a revista

Vinculada
à Universidade
de São Paulo

 
 

 

 


 

 

 

 

 

 



ENSAIOS
 

Rotinas produtivas
O caso do telejornal Pampa Meio Dia e
sua transição para o Jornal do Meio Dia

Por Juliano Pires da Rosa e Viviane Borelli*

RESUMO

Reprodução

O presente estudo, [1] desenvolvido durante a disciplina de Teorias do Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra), busca compreender como se desenvolvem os processos que regem a captação, seleção e apresentação dos acontecimentos noticiáveis, tendo como base os estudos de Newsmaking que Mauro Wolf denominou como rotinas produtivas. Seguindo essa proposta, escolheu-se para análise o telejornal Pampa Meio Dia, produzido e transmitido pela TV Pampa de Santa Maria/RS.

Também se buscou compreender as relações hierárquicas estabelecidas entre os profissionais e a proposta do gatekeeper de David Manning White. Através de técnicas de pesquisa como observação direta e entrevistas semi-estruturadas foram verificados os elementos comuns e divergentes entre as teorias desenvolvidas pelos autores e a prática cotidiana dos jornalistas.

PALAVRAS-CHAVE: Rotinas Produtivas / Telejornalismo / Gatekeeper

1. Introdução

A versão local do telejornal Pampa Meio Dia, criada em 1993, era transmitida de segunda a sábado pela TV Pampa Santa Maria [2] e apresentada pelo chefe de jornalismo regional, Airton Amaral Leal. O programa contava com uma equipe formada por cinco jornalistas distribuídos nas funções de produtor, repórteres e apresentador, e divididos em turnos para cobrir os acontecimentos noticiáveis. A produção do telejornal era feita pela manhã, veiculando o material apurado a partir do final do programa do dia anterior até o fechamento da edição que ia ao ar no dia.

Instigado pelos conceitos teóricos apresentados na disciplina de Teorias do Jornalismo, que compreendem a atividade jornalística, e buscando verificar as relações estabelecidas entre as rotinas produtivas, propostas pelos estudos de Newsmaking de Wolf (2005), e a teoria do gatekeeper de White (1999) na prática de um telejornal, foram feitas três visitas à TV Pampa de Santa Maria, a primeira no dia 4 de junho, a segunda no dia 1º julho, e a última no dia 15 de julho de 2008.

A metodologia utilizada é composta por técnicas de pesquisa que se apresentaram como os meios mais adequados de inserção e de evitar que houvesse algum tipo de interferência ou alteração no padrão de funcionamento das rotinas produtivas do noticiário.

Especificamente na primeira visita, e em momentos distintos, foram aplicadas observações participantes e não-participantes, esta que segundo Maria Helena Michel (2005:40), permite ao pesquisador presenciar o fato sem participar efetivamente dele, tornando-o um espectador da realidade estudada e capaz de propiciar a verificação da teoria estudada, das variáveis propostas e como elas se comportam no ambiente real onde os fatos ocorrem. Isabel Travancas (2009) expõe a definição de observação participante de maneira que se aproxime similarmente da não-participante.

Ele [o pesquisador] deve estar atendo ao seu papel no grupo. Deve observar e saber que também está sendo observado e que o simples fato de estar presente pode alterar a rotina do grupo ou o desenrolar de um ritual. Isso não quer dizer que ele também não deva ou não possa participar. (Cf. TRAVANCAS, 2009:103).

A outra técnica, aplicada nas três visitas, foi a entrevista semi-estruturada, que Michel define como a que “permite explorar mais amplamente uma [determinada] questão” (MICHEL, 2005:45), e que pode ser constatado através dos dados e informações coletados junto aos jornalistas que trabalhavam diariamente no telejornal.

Ela conjuga a flexibilidade da questão não estruturada com um roteiro de controle. As questões, sua ordem, profundidade, forma de apresentação, dependem do entrevistador, mas a partir do conhecimento e disposição do entrevistado, da qualidade das respostas, das circunstâncias da entrevista. (Cf. DUARTE, 2009:66).

2. O processo de coleta: Pampa Meio Dia

Tanto o repórter encarregado pelo período da manhã, quanto a produtora e o chefe de jornalismo, iniciam o processo de rádio-escuta por volta das 6h30 e o mantêm durante o deslocamento até a emissora. Após a chegada, por volta das 8h, a equipe faz uma reunião de pauta, onde discute quais notícias podem ter um acompanhamento, verifica o e-mail, a internet e analisa as matérias publicadas em jornais de circulação local [3] e estadual [4] à procura de temas que possam ser trabalhados no contexto da cidade.

Paralelo a essa análise, os jornalistas também permanecem “atentos” ao que entrou na hierarquia da rede e que possa repercutir na região. Em seguida, iniciam-se os contatos com as possíveis fontes a serem consultadas e são combinadas as entrevistas, tanto para a captação de imagens, quanto as que serão utilizadas ao vivo no programa. Enquanto o grupo da manhã decide suas pautas em reunião, as equipes da tarde e da noite recebem as indicações elaboradas pela produção por volta das 11h20.

Atuando com uma política editorial de caráter comunitário, o telejornal possui o quadro SOS Comunidade, através do qual os telespectadores podem sugerir pautas ou fazer reclamações sobre temas de interesse público que, segundo Wolf (2005:229), caracteriza o processo de busca dos jornalistas pelas notícias. Outra forma de coleta é a “ronda”, no qual a produção entra em contato diariamente com as delegacias da cidade, e que acaba as transformando em fontes estáveis.

Durante a manhã, simultâneo à fase de apuração das notícias, o repórter continua o processo de rádio-escuta. Se durante sua saída surgir algum acontecimento inesperado ou importante, ele pode entrar em contato com a produção para que esta busque mais informações sobre o fato, formando uma “ponte” com as fontes relacionadas ao assunto. Dependendo da relevância das pautas trabalhadas, essa matéria de última hora pode vir a derrubar a pauta original ou ser acrescentada no processo. Porém, caso a original caia, o repórter imediatamente é encaminhado para cobrir a nova ocorrência, pois já está acompanhado de uma equipe de reportagem.

A rotina também é quebrada quando surge a oportunidade para a inclusão de debates ou quando a entrevista agendada é promissora e pode render mais do que o tempo reservado a ela. O telejornal dispõe de 45 minutos de duração, no qual são veiculadas notícias essencialmente locais e ou intermunicipais que repercutem na cidade. Apesar de ter uma média de seis matérias por programa, o número que vai ao ar depende exclusivamente da qualidade do material produzido. Essa busca pela qualidade da informação acaba sendo um diferencial que se contrapõem ao que descreve Altheide (Apud WOLF 2005:231) sobre a busca por uma determinada quantidade de notícias diárias.

Como conseqüência do processo de apuração dos fatos noticiosos, e da proximidade desenvolvida na relação jornalista-fonte, o telejornal elaborou uma rede personificada de contatos, onde estão disponibilizados os telefones e e-mails das fontes com o qual se relaciona. Essa interação estabelecida entre o programa e a sua rede termina por se configurar como fazem os jornalistas especializados, que “desenvolvem relações estreitas e contínuas com as próprias fontes, que acabam se tornando pessoais” (WOLF, 2005:239).

Nessa listagem são dispostos tanto os dados das fontes institucionais e oficiais quanto de algumas oficiosas, e a atualização é feita sempre que o repórter retorna da apuração das matérias, por volta das 11h da manhã, ou quando alguma consulta é feita pela produção. Dessa forma, quando os acontecimentos estão ou podem ser relacionados a alguns dos membros da listagem, eles são prontamente acionados.

Em relação às fontes, um aspecto peculiar é o de que, devido à proposta editorial de enfoque comunitário, não existe uma constante padronização de abordagens e entrevistados, causados pela constante busca de um determinado número de notícias e a conseqüente constituição de uma rede de fontes estáveis, como explica Wolf (2005:242).

Outro artifício rotineiro usado pela produção para facilitar o processo de coleta é a utilização da agenda como forma de armazenar os acontecimentos noticiáveis previstos ou conhecidos com antecedência. E como explica Wolf (2005:251), os fatos agendados são, em sua maioria, aqueles que entram na esfera político-institucional-administrativa ou judiciária, e que permitem à emissora se organizar com certa antecedência. Na agenda, além das pautas previstas, também são colocados os dados das fontes relacionadas para que todos os profissionais estejam a par de quando os acontecimentos ocorrerão e de como estabelecer contato.

Uma prática comum entre as filiais durante o processo de coleta é a troca de material relacionado ao esporte, mais especificamente ao futebol e aos times locais que estejam participando de partidas dentro da área de abrangência de outra emissora. Algumas vezes essa cooperação também pode envolver outros acontecimentos noticiosos, como a apresentação de grupos locais em outras regiões, mas casos como esse costumam ser raros.

3. A seleção

Após a elaboração, as notícias produzidas na tarde e noite anterior são editadas e deixadas prontas para análise ou modificação. O material produzido pelo repórter de Santa Cruz do Sul também segue o mesmo processo, porém, ele precisa ser enviado à Santa Maria.

Na manhã seguinte, todo esse material é assistido e comentado pelos integrantes da equipe de produção logo que eles chegam à emissora e antes da reunião de pauta. Quando uma modificação é necessária, os trechos considerados inadequados são substituídos por imagens extras captadas durante a fase de apuração.

A partir daí são definidas quais as matérias que serão exibidas e quantas precisam ser elaboradas para cobrir o tempo que permanece em aberto. Algumas vezes, é possível “guardar” uma notícia que “sobrou” ou que foi substituída por outra com critérios mais imediatistas. Distinção que Gans (Apud WOLF 2005:256) definiu como “notícias sem tempo” e breaking stories, respectivamente.

Em meio à fase de seleção, é possível perceber situações que perpassam os diferentes estágios das rotinas de produção, e que de forma simultânea e paradoxal, acenam e contrapõem a teoria do gatekeeper [5] formulada por White (1999). A convergência entre a proposta teórica dos “gates” e a política editorial do telejornal acontece quando ambas concordam sobre a subjetividade da comunicação e sua “dependência de juízos de valores baseados na experiência, atitudes e expectativas do ‘gatekeeper’” (Cf. WHITE 1999:151).

Entretanto, apesar dos jornalistas terem funções distintas e de algumas escolhas serem individuais, as decisões sobre a veiculação ou não das notícias apuradas, assim como das modificações exigidas, só são concebidas após a formulação de uma opinião coletiva, onde a equipe apresenta seus pareceres sobre o material analisado e o chefe de jornalismo avalia se os argumentos são cabíveis ou não.

4. A edição e apresentação

Enquanto as notícias apuradas à tarde e noite são checadas e editadas no primeiro horário da manhã, os materiais captados durante a manhã são reunidos na ilha de edição, onde são assistidos e analisados. Nessas avaliações são escolhidas as imagens consideradas mais expressivas sobre as pautas desenvolvidas, assim como são feitas as últimas correções e gravados alguns offs [6] que, por possuírem dados pendentes ou aguardarem confirmação, ainda estavam em aberto. Esse processo é considerado por Altheide (apud Wolf 2005: 260) como a condensação do highlighting [7] em uma história com início, meio e fim.

Um ponto importante no processo de edição do Pampa Meio Dia, e que contradiz os estudos de Newsmaking, é o vinculo estabelecido com contexto dos acontecimentos. Wolf (2005: 259) afirma que a descontextualização social, histórica, econômica, política e cultural dos fatos é inerente das etapas das rotinas de produção, e que a fragmentação dos conteúdos apurados e as imagens captadas da realidade voltam a adquirir inteligibilidade no momento de adequação das noticias ao formato do noticiário.

O telejornal, no entanto, por ter uma política editorial que prima pelo comunitário, está atrelado aos contextos interpretáveis em que os fatos ocorrem, pois é através da constituição de processos de identificação e proximidade com os telespectadores que se estabelece o caráter de relevância e significância de suas notícias, e que impede a distorção involuntária cumulativa de cada etapa das rotinas produtivas.

Outro fator que contraria a teoria do Newsmaking é a apresentação do programa, que por trabalhar com uma perspectiva intimista, acaba transmitindo a sensação de proximidade para com o público e valorizando o feedback [8] estabelecido com os telespectadores. Essa relação do telejornal com seus espectadores tem duas conseqüências principais: uma delas é o não-condicionamento do trabalho dos jornalistas, e a outra é a não-estereotipagem, construída pelo faro e asserções profissionais, como afirmam Golding-Elliott e Schlesinger (apud Wolf 2005: 262).

Contudo, embora o programa se valha de “elementos constituintes, estilísticos e formais voltados à necessidade de respeitar, dentro de seu formato, as supostas exigências do público enquanto destinatário” (Cf. WOLF, 2005: 264), a apresentação não simplifica o conteúdo veiculado, como descreve Elliott (Apud WOLF 2005:264).

5. O novo formato: Jornal do Meio Dia

Originada por meio da inclusão de novos diretores no comando da emissora, e com a proposta de renovação do trabalho jornalístico, a solicitação de um novo formato foi encomendada ao chefe de jornalismo da emissora de Santa Maria, e acabou sendo implantado também nas filiais de Passo Fundo e Pelotas.

A transição do Pampa Meio Dia para o Jornal do Meio Dia não envolveu apenas uma alteração nominal, mas modificou também toda a estrutura do telejornal. Entre as principais modificações estão a reformulação do estúdio, das vinhetas e do formato, com a inclusão de quadros diários e outros tematizados e determinados de acordo com os dias da semana, envolvendo assuntos como cultura, moda, música, gastronomia, beleza, entre outros.

A equipe se manteve basicamente a mesma, a principal modificação se deu na distribuição dos repórteres: dois deles são responsáveis pela cobertura dos fatos noticiáveis de Santa Maria; outro se encarrega do especificamente do cenário cultural da cidade, e que Wolf (2005:239) define como um jornalista especializado; e o último é responsável pela cobertura jornalística de Santa Cruz do Sul.

Explorando a informalidade e o dinamismo, a apresentação do telejornal também passou a contar com a participação dos repórteres, atuando em conjunto com o chefe de jornalismo. O programa também passou a dispor de uma hora de duração e a ser exibido das 13h às 14h, horário estipulado pela direção executiva da emissora, localizada em Porto Alegre. No horário antes destinado ao noticiário local passou a ser exibido o Pampa Meio Dia produzido na capital, agora com abrangência estadual.

Enquanto de um lado essa transição trouxe novos elementos para o Jornal do Meio Dia, de outro, alguns moldes acabaram sendo herdados do formato anterior. Um deles foi a rotina de produção, que devido à ampliação da duração do telejornal, passou a exigir dos jornalistas uma busca maior por notícias.

Outra característica que se manteve foi o caráter comunitário e social das reportagens produzidas, que mesmo com a ampliação do processo de coleta, não alterou a política editorial que caracterizava o Pampa Meio Dia. Exemplo disso foi a transposição do antigo quadro SOS Comunidade para o novo Momento Interativo, em que os telespectadores podem participar através de sugestões de pauta e de críticas.

6. A interferência dos sinais

O Pampa Meio Dia local, e o formato utilizado durante o período em que esteve no ar, surgiu em 1993. Nesse período, a emissora, ainda situada no prédio da CACISM [9] e onde permaneceu até 2000, quando adquiriu a atual sede, retransmitia o sinal do SBT [10]. No entanto, também em abril de 1993, a área jornalística interrompeu as atividades, voltando a ser reativada em 1994. A parceria entre a TV Pampa e o SBT durou até 2005, quando houve o término do contrato, a não-renovação e a posterior afiliação com a rede Record. [11]

Um ponto comum dessa nova parceria foi a primazia pelo desenvolvimento do trabalho jornalístico. Por isso torna-se importante destacar que, embora os atuais moldes do Jornal do Meio Dia se assemelhem com os existentes nos telejornais da rede Record, a iniciativa foi estritamente regional. Isso também pode ser constatado após o término do contrato entre as emissoras, previsto para 2009, mas antecipado para junho de 2008, e a permanência do projeto original.

A rescisão, causada pelo sufocamento da programação local e o achatamento comercial, e a subseqüente adesão à RedeTV! [12] permitiram que direção executiva da TV Pampa optasse por uma padronização da programação. Além disso, a decisão buscou também ampliar a produção e exibição de programas locais e regionais. Um exemplo dessa padronização é a exibição para todo o Estado do telejornal Pampa Meio Dia, produzido em Porto Alegre, das 11h40 às 13h. Como conseqüência, o Jornal do Meio Dia passou a ser exibido, das 13h às 14h, com as notícias de Santa Maria e região.

No entanto, essa padronização também permitiu que algumas reportagens de repercussão local, produzidas na cidade e em outras filiais, pudessem ser exibidas em nível estadual. Por outro lado, esse envio de notícias não é uma exclusividade da relação interior-capital, pois esse processo era o mesmo feito entre a equipe de reportagem da sucursal de Santa Cruz do Sul e a produção do Pampa Meio Dia de Santa Maria. Além dos telejornais, outros programas produzidos na capital são exibidos para todo o Estado, entre eles o Pampa Show e o Studio Pampa.

7. Considerações Finais

Seguindo o raciocínio de Traquina (2005:146) sobre a significação do termo “teoria”, em que o autor explicita que ele pode se tratar de “uma explicação interessante e plausível, e não um conjunto elaborado e interligado de princípios e proposições”, é possível perceber que essa mesma relação é aplicável entre as teorias e as práticas do jornalismo.

Enquanto no processo que envolve a produção do telejornal e as rotinas produtivas de Wolf (2005) há uma determinada proximidade entre as etapas constituintes e os aspectos enunciados, na relação entre as escolhas dos indivíduos e o princípio do gatekeeper de White (Apud TRAQUINA, 2005) existe uma variante significativa. Essa variação transparece no processo decisório, onde, de forma direta ou indireta, existe uma participação dos indivíduos que compõem a equipe de trabalho e que incide sobre o material que é exibido.

Entretanto, é importante destacar que embora exista esse momento de partilha das opiniões, a cadeia hierárquica não é deixada de lado e a palavra final continua à cargo do chefe de jornalismo da emissora local.

Perceber essas nuances entre a teoria e a prática jornalística, mais do que uma comprovação de conhecimentos acadêmicos, é fundamental para:

a) estimular a busca pelo saber, que está sempre em constante renovação de conceitos e valores devido ao pragmatismo da profissão;

b) despertar a curiosidade pelo inusitado, como forma de descobrir novas relações e conexões entre conceitos e ações práticas; e

c) a fundamentação da experiência, passo posterior à construção do conhecimento obtido pela vivência e anterior ao aprimoramento da compreensão científica, benefícios esses que apenas uma observação cuidadosa e experimentação empírica são capazes de propiciar.

NOTAS

[1] O presente texto é resultado de um trabalho realizado no primeiro semestre de 2008 durante a disciplina de Teorias do Jornalismo, com o objetivo de relacionar as teorias apresentadas com a atividade profissional.

[2] Emissora integrante da Rede Pampa de Comunicação, de propriedade de Otávio Dumit Gadret.

[3] A Razão, do Grupo De Grandi, e Diário de Santa Maria, do Grupo RBS.

[4] O Sul, da Rede Pampa de Comunicação, e Zero Hora, do Grupo RBS.

[5] Traquina se refere ao jornalista como um filtro que seleciona as notícias de acordo com critérios pessoais e profissionais.

[6] Texto elaborado para acompanhar as imagens captadas e usadas na edição de reportagens televisivas.

[7] Traços marcantes dos fatos, com o objetivo de prender a atenção dos telespectadores.

[8] Segundo o autor, a maioria os jornalistas não se preocupa com o retorno ou o efeito produzido no público devido suas ações e escolhas.

[9] Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria.

[10] Sistema Brasileiro de Televisão, de propriedade de Silvio Santos.

[11] Rede de televisão de propriedade de Edir Macedo.

[12] Rede de televisão de propriedade de Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE, J. “Entrevista em profundidade”. In: Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2009. p. 62-83.

MICHEL, M. H. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 2005.

TRAQUINA, N. Teorias do jornalismo. [Volume I: porque as notícias são como são]. Florianópolis: Insular, 2005.

TRAVANCAS, I. “Fazendo etnografia no mundo da comunicação”. In: DUARTE, J. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2009. p. 98-109.

WHITE, D. M. “O Gatekeeper: uma análise de caso na seleção de notícias”. In: TRAQUINA, N. Jornalismo: questões, estórias e “estórias”. Lisboa: Veja, 1999.

WOLF, M. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

*Juliano Pires da Rosa é graduando em jornalismo pelo Centro Universitário Franciscano (Unifra). Viviane Borelli é jornalista, doutora em Ciências da Comunicação pela Unisinos e professora do Curso de Comunicação Social-Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Unifra).


Revista PJ:Br - Jornalismo Brasileiro [ISSN 1806-2776]