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Iluminismo
no jornalismo brasileiro:
as contribuições de José Marques de Melo
Por
Profa.
Dra. Ruth Vianna
Falar sobre as contribuições do mestre José Marques de
Melo ao jornalismo brasileiro nestes quarenta anos de inteira e integral dedicação
a ele por parte do professor é tarefa muito difícil, pois corremos
o risco de sermos negligentes ao deixarmos de mencionar algumas de suas importantes
colaboração.
Sua
militância na área jornalística inicia-se
em 1964 com a obtenção do título de Bacharel
em Jornalismo (Universidade Católica de Pernambuco)
e em 1965 é Bacharel em Ciências Jurídicas
e Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco e em 1966 é pós-graduado
em Ciências da Informação Coletiva (Centro
Internacional de Estudos Superiores de Comunicação
para a América Latina), em Quito, Equador.
São 20, 30 e 40, isto é: José Marques
de Melo, 60. É isto mesmo, José Marques de Melo
completa 60 anos cheios de realizações: comemora
os 30 anos de conclusão de seu doutorado ao ser o primeiro
doutor em jornalismo titulado pela universidade brasileira
em 1973, sendo em seguida agraciado com bolsa de pós-doutorado
da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de S.Paulo) para realizar estudos avançados
de comunicação nos Estados Unidos, onde contou
com o respaldo acadêmico do MUCIA (Consórcio
Universitário do Meio-Oeste, integrado pelas universidades
de Wisconsin, Minesotta, Indiana, Illinois e Michigan) durante
o ano acadêmico de 1973-1974.
Ainda muito jovem em 1959 Marques de Melo começa a
trabalhar como jornalista, integrando as equipes dos jornais
Gazeta de Alagoas e Jornal de Alagoas (Maceió). Em
Recife vai atuar também no Jornal do Commercio e Última
Hora - Nordeste, em A Gazeta e O São Paulo em São
Paulo e Revista de Cultura Vozes em Petrópolis, Rio
de Janeiro.
Atua ainda como articulista dos periódicos Folha de
S.Paulo, O Estado de S.Paulo (São Paulo), Correio Braziliense
(Brasília), Zero Hora (Porto Alegre), Diário
do Grande ABC (São Paulo), Diário de Pernambuco
(Recife) e A Tarde (Salvador).
Seu grande mestre foi o professor Luiz Beltrão. Marques
de Melo inicia sua carreira acadêmica como assistente
deste professor pernambucano no Instituto de Ciências
da Informação da Universidade Católica
de Pernambuco (Recife), mas em seguida transfere-se para São
Paulo, quando é convidado por Octávio da Costa
Eduardo a trabalhar como diretor de Pesquisa do Instituto
de Estudos Sociais e Econômicos (INESE), passando a
ser respeitado como importante pesquisador comunicacional.
O
Centro de Pesquisa da Comunicação Social,
mantido pela Cásper Líbero (vinculada na época á Pontifícia
Universidade Católica) foi fundado por José Marques
de melo em 1967. Não obstante, em finais de 1966 JMM
havia realizado concurso público na Universidade de
São Paulo e em 1967 assume o cargo como docente-fundador
da Escola de Comunicações e Artes da Universidade
de São Paulo (ECA-USP). Foi o responsável pela
implantação do Departamento de Jornalismo e Editoração,
chegando ai atingir o grau máximo como professor Catedrático
de Jornalismo.
Não obstante, esta atividade brilhante foi interrompida
em 1974 durante o regime militar, quando esteve impedido de
exercer a sua docência em universidades públicas
brasileiras. Em 1979 foi anistiado, reassumindo sua cátedra
na USP. Em 1989, na gestão do reitor José Goldemberg,
foi escolhido pela comunidade acadêmica e por ele nomeado
o diretor da ECA-USP, mandato que exerceu até 1993,
quando decidiu-se por se aposentar voluntariamente da instituição.
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